sábado, 30 de abril de 2016

BANTUMEN: “OVELHA NEGRA”, A NOVA DOPE DE DEEZY

Já habituámos os nossos leitores a boa música e hoje, 30, voltamos à carga com mais um trabalho. Deezy, da Dope Music, estreia na BANTUMEN o seu novo álbum, Ovelha Negra.
Com dez músicas, esta é uma exposição mais sentimental do artista, dedicada à família, principalmente à mãe.
“A história por trás da capa da mixtape tem a ver com a minha maneira de passar para o mundo a imagem de ovelha negra. Eu estou na capa, com a minha mão nos ombros da minha kota e é uma maneira de lhe mostrar que apesar da distância que temos agora é isso [a dedicação à música] que mais nos une. Ela já respeita mais o trabalho e já sabe por que é que estou tantas vezes ausente. Este trabalho é uma maneira de lhe dizer mãe calma, eu que estou aqui”, disse-nos o cantor.
É a história da sua vida. A família, os desencontros por causa do caminho que escolheu e no que isso originou: “Eu venho de uma família de “angolaninhos”, muito rígidos. Os meus pais sempre acreditaram que devia estudar, formar-me e que quando apareces a dizer que queres ser músico, artista, e que acreditas que isso é que te vai dar um bom futuro, tornaste-te na ovelha negra da família, porque não é suposto acreditares nisso. Ovelha negra é mesmo isso, o outro lado, um caminho diferente.”
Deezy - Ovelha Negra (Capa Tras)
Nas letras fala-se de Deezy, do seu lifestyle, do seu meio, dos “irmãos de luta” e em como são felizes, apesar de terem optado por um caminho diferente do que seria suposto.
Sobre a produção, “foi bom assistir ao processo por detrás desta mixtape. Em relação às outras foi diferente porque sentei-me mais sobre elas e esta foi muito mais rápido. Quando dei por mim já tinhas os sons gravados. São dez músicas muito condimentadas, acho que o projecto está maduro. Esta está muito mais fire, o pessoal vai ficar crazy com ela”.
Ovelha Negra é o seu novo “bebé”, diz Deezy. “Identifico-me muito com ela, é a minha dope.”
A primeira faixa da mixtape foi toda produzida pelo artista, algo que é raro de acontecer. “Eu não sou muito de produzir, é mesmo muito raro, um beat ou outro. No caso desta mixtape achei que não havia outra maneira de começar com algo produzido por mim. A produção é algo expontâneo para mim, é algo natural.”
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